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"Superindústria do Imaginário" (Resenha)

Meu nome é Rafael Santos Barboza, sou psicólogo (CRP 06/142198) e psicanalista, atuando com atendimentos de forma remota/online. Nesse texto, falo sobre o livro "Superindústria do Imaginário" de Eugênio Bucci.




A premissa principal do livro escrito pelo jornalista e professor Eugênio Bucci é de que o mundo passou por uma transformação radical no momento em que a importância da palavra deu lugar ao superdomínio da imagem. Essa mudança teria efeitos não só nos traços econômicos, mas também na forma como nos relacionamos e desejamos.


Nesse contexto, "as coisas corpóreas não são mais o centro de valor". Ou para ser mais preciso, o valor dado a qualquer coisa estaria sempre ligado ao estatuto da imagem. A fisgada no olhar torna-se o procedimento mais cobiçado pela Superindústria, mantida principalmente pelos algoritmos.


No campo das subjetividades, a captura constante do olhar empacota o terreno do "Imaginário", em que modos mais expressivos de comunicação são enfatizados. O autor se fundamenta em alguns conceitos da psicanálise, para pensar sobre como a Superindústria posiciona anzóis libidinais que visam prender a atenção.


Apesar disso, o livro foge de uma explicação conspiratória. A partir de autores da Teoria Crítica, propõe que o espaço público também é formado pela irracionalidade e pelo imprevisto. O que não isenta a influência extrema das big techs que avança cada vez mais ao triunfar interpelando desejos primitivos "sem ter que recorrer à instância da palavra".

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